Após o anúncio de mais um reajuste que, a partir desta sexta-feira (11), acarretará aumento nos preços da gasolina, do diesel, etanol e do gás de cozinha no Brasil, o governador Wellington Dias (PT) criticou o governo do presidente da República Jair Bolsonaro e a política de preços da Petrobras.
Bolsonaro tem atacado os governadores, afirmando que o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é responsável pelos altos preços dos combustíveis. Entretanto, desde novembro de 2021, o ICMS está congelado pelos executivos estaduais, o que não impediu aumentos nos preços dos combustíveis no período.
“Não é o ICMS que causa os reajustes de gasolina e óleo diesel, é a Petrobras e a indexação sem sentido com o preço internacional. O país perdeu o controle. Tirando dinheiro dos mais pobres e enchendo o bolso dos mais ricos”, pontua Wellington Dias, que é também coordenador do Fórum Nacional de Governadores.
Dias explica, ainda, que o congelamento do ICMS tem custado aos estados R$ 1,3 bilhão em perdas por mês. “Governadores e prefeitos querem uma solução para o alto preço dos combustíveis, mas é preciso que a gente faça isso resolvendo o problema sem criar outro”, pondera o governador do Piauí.
Wellington Dias critica, também, a política de preços da Petrobras – o PPI (Preço de Paridade de Importação) –, que transmite quase que automaticamente para as bombas de combustíveis a alta do petróleo no mercado internacional. O gestor também defende a criação de um Fundo de Equalização dos Combustíveis.
O secretário da Fazenda do Piauí, Rafael Fonteles, também criticou Bolsonaro e a política de preços da Petrobras. Fonteles – que é presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) – diz ser “incompetência de Bolsonaro” e “política danosa” da Petrobras o que vem ocorrendo.